Coluna do Edilson – 23/09 Para alguns
A uma semana das eleições que definirão os vencedores das disputas por cadeiras nas assembleias legislativas, na Câmara dos Deputados, no Senado, pelos governos dos estados e pela Presidência da República, vejo com preocupação o cenário político de nosso país.
Em um lado do palco, vejo eleitores desinformados, desinteressados, iludidos, manipulados, doutrinados ou dispostos a trocar seus votos por dinheiro ou vantagem.
Do outro lado, vejo políticos falsos, mentirosos, desonestos, corruptos e enganadores, determinados a tomar as mais reprováveis ações para iludir o eleitorado e se manter ou alcançar o poder, comprando apoios e votos de inconsequente eleitores.
Também estão no palco candidatos sérios e honestos, em número muito menor do que eu gostaria, que pensam no País e sua gente, tendo ao lado deles eleitores honrados, honestos e trabalhadores, desejosos de um Brasil melhor e mais desenvolvido em todos os aspectos.
O meu medo é que esse terceiro grupo não seja suficientemente grande para impedir que o resultado das urnas permita que os maus assumam o poder e, assim, estejam autorizados a produzir irreparáveis danos à nação, frutos de sua insaciável corrupção.
Nessa disputa, para a qual o eleitorado brasileiro já deveria estar totalmente amadurecido, devido aos sofrimentos e prejuízos que sofre há várias décadas por ação de política malfeita, em grande parte – espero que não seja a maioria – ainda se deixa levar pela mentira, pelo tolo partidarismo ou pela inconsequente paixão.
Fazem parte desse grupo o eleitor mal esclarecido, que se furta em buscar o necessário conhecimento e, por isso, erra ao votar em maus políticos, e o eleitor que vende o seu voto, aos qual comparei, em crônica passada, a verdadeira prostituta, indo com quem o compra e, uma vez alcançado seu objetivo, valor algum lhe dará. Quem vende o voto pensa que é esperto, mas, não passa de um mentecapto!… Se ele ler isso, vai pensar que é elogio!
Por sua vez, o eleitor esclarecido, verdadeiramente preocupado com a construção de um país, de um estado e de um município melhores para as futuras gerações, exatamente por isso, está determinado a fazer as melhores escolhas e não vota no candidato pelo partido ao qual ele está filiado ou movido por paixão, parâmetros dos tolos.
O eleitor esclarecido vota na pessoa, no candidato cuja avaliação tenha apresentado uma pessoa honesta, honrada e cuja biografia política não é nebulosa e está livre de condenações, denúncias, acusações ou indícios de participação em sórdidos esquemas criminosos, montados exclusivamente para perpetrar a danosa prática de desvio de dinheiro público.
Como é importante ressaltar, no Brasil, o hábito dos políticos em se apropriar de dinheiro do povo é antigo, que produziu e continua produzindo o enriquecimento ilícito de “raposas” que não conseguem justificar suas vultosas fortunas com ganhos legais e que, em períodos de eleição, se apresentam ao eleitor com os tradicionais falsos sorrisos e abraços, com enganosas promessas e os costumeiros “tapinhas nas costas” , dados com a mesma mão com a qual apunhalará as esperanças de um país melhor e mais justo para todos.
Não podemos nos esquecer dos candidatos que se dizem cristãos, mas, para tentarem se eleger mentem como o diabo. Empenhados em ludibriar o eleitor apresenta-lhe uma personalidade elaborada pelo marqueteiro e que, passadas as eleições, é guardada em um baú, onde permanecerá até voltar a ser usada em uma próxima disputa eleitoral.
Você está achando que eu estou repetitivo ao expor novamente essas ideias?… Os políticos também são repetitivos em usar suas mal-intencionadas estratégias. E com elas, continuam enganando multidões. Quem sabe se eu, com esta minha honesta insistência, acabe conseguindo convencer alguns.