O dia 12 de maio marca a comemoração do Dia Mundial da Enfermagem, profissão que requer vocação, dedicação e, neste momento em que o mundo passa pela pandemia causada pelo Covid-19, muita empatia e resiliência. Pala data, torna-se oportuno saber de Thales Francisco de Oliveira, enfermeiro do Casu-Hospital Irmã Denise, os desafios enfrentados no exercício desta atividade, fundamental na atuação da linha de frente do combate à doença, em mais de um ano de pandemia.
Thales de Oliveira cuida diariamente de pacientes em tratamento da Covid-19 e afirma que, embora sejam muitos os desafios, todo o trabalho é recompensado a cada paciente que vai para casa curado. “O maior desafio é conviver diariamente com o medo dos pacientes, com a incerteza da evolução da doença. Às vezes, o paciente tem uma progressão negativa muito rápida. Por diversas vezes, alguns chegam verbalizando e, depois de algumas horas, evoluem com uma insuficiência respiratória grave, intubação e é tudo muito rápido. A Covid-19 é uma doença muito inóspita e incerta, e isso nos exige muita atenção e cuidado muito minucioso com as características de cada paciente. O momento de maior alegria para a equipe chega com a notícia de cada paciente que ganha alta e é curado da doença. Aí, sabemos que cada esforço valeu a pena!”.
Embora o período de pandemia tenha aumentado a responsabilidade dos profissionais de enfermagem, não apenas com os cuidado com os pacientes, mas, com a própria saúde e a saúde de seus familiares, Thales destaca que tem sido um período de grande aprendizado. “Um dos maiores ensinamentos que vamos levar deste período é ver a vida de um novo jeito, aproveitando cada momento, sendo dedicado, fazendo o melhor em tudo e se tornando capaz de ver o lado bom da vida em cada detalhe. Está sendo possível perceber o quanto somos muito frágeis e, por isso, é importante dedicar mais tempo de qualidade ao lado das pessoas que amamos”.
Como há é comprovado, a humanização no atendimento tem grande influência no processo de recuperação dos pacientes. O que também ocorre com os pacientes de Covid-19, ressalta Thales. “A humanização se dá desde a entrada do paciente na instituição, chegando fragilizado e com medo, buscando um acolhimento que traga segurança. A humanização que praticamos nos atendimentos no Casu visa envolver o cuidado na sua forma integral, buscando o fornecimento de qualidade técnica do tratamento e um desenvolvimento de um vínculo entre família, equipe e paciente. A humanização compreende e entende a dor de cada um. Por isso, todos trabalhamos de maneira multidisciplinar, para prestar excelência nos processos de trabalho e alcançar a satisfação das pessoas que necessitam de internação”.
Como Thales esclarece, assim como ele, muitos profissionais de saúde estão há mais de um ano na luta para salvar vidas e dar conforto a pacientes em tratamento de Covid-19, abrindo mão do convívio familiar, se dedicando ao máximo em cuidar do próximo. A pandemia ainda não acabou e, por isso, ele faz um alerta. “Não contribua para que alguém da sua família seja uma vítima da Covid-19. Cuide-se! Proteja-se, por você, por sua família e pelo próximo! Não contribua para que o vírus circule. Use máscara, respeite o distanciamento social e evite aglomerações!”.