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Operação Cai-Cai: PF identifica 409 crimes

No dia 22 deste mês, a Polícia Federal concluiu as investigações relativas à Operação “CaiCai 3”, que investigou esquema de migração ilegal de pessoas, inclusive crianças e adolescentes, de vários municípios mineiros para os Estados Unidos. Ao final das investigações foi detectada a ocorrência de 409 crimes, e realizado o indiciamento de 26 pessoas que integravam quatro associações criminosas diferentes.

A Operação Cai-Cai 3 fez parte de ação de cooperação policial internacional contra o tráfico de pessoas, iniciadas em outubro de 2019, após recebimento de três notícias de crime diferentes, enviadas por unidades da Polícia Federal de três estados.

De acordo com a Polícia Federal, as pessoas eram levadas ilegalmente para o exterior mediante a cobrança de até 22 mil dólares por pessoa. Os migrantes enfrentavam condições desumanas e ficavam submetidos aos chamados “coiotes”.

Cai-Cai 3

Os trabalhos de investigação desenvolvidos nos municípios da região estiveram a cargo da Delegacia Regional da Polícia Federal de Governador Valadares ( Dr. Cristiano Campidelli-Foto) que, em 03 de dezembro do ano passado havia realizado a terceira fase da operação, quando foram cumpridos 11 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão em Governador Valadares, Tarumirim, Alvarenga, Campanário, Engenheiro Caldas, Virginópolis e em Piedade de Caratinga.

Na ação da PF em Piedade de Caratinga, foi cumprido o mandado de prisão temporária do então prefeito eleito Adolfo Bento, além de mandado de busca e apreensão em sua residência. Adolfo Bento foi encaminhado para a Delegacia da PF em Governador Valadares e solto alguns dias depois, após prestar depoimentos.

Fase 3.2 Na ação da PF em Piedade de Caratinga, foi cumprido o mandado de prisão temporária do então prefeito eleito Adolfo Bento, além de mandado de busca e apreensão em sua residência. Adolfo Bento foi encaminhado para a Delegacia da PF em Governador Valadares e solto alguns dias depois, após prestar depoimentos.

Ao concluir o trabalho, ainda no dia 22 de janeiro, a PF deflagrou um adendo da fase 3 da Operação “Cai-Cai 3”, denominada fase 3.2, para o cumprimento de três mandados de busca e apreensão, sendo um em Virginópolis e dois em Tarumirim; um mandado de prisão preventiva, em Virginópolis, e um mandado de monitoração eletrônica, em Tarumirim.

Como esclarece o delegado federal Cristiano Campidelli, o homem preso nesta operação já havia sido preso por ocasião da operação realizada no dia 03 de dezembro do ano passado. Posteriormente, ele acabou sendo solto mediante a adoção de medidas cautelares. Porém, ele acabou descumprindo tais medidas e, diante disso, ele acabou tendo expedido mandado de prisão preventiva, cumprida na operação deflagrada no dia 22 deste mês.

Segundo o delegado, a ação desenvolvida em Tarumirim tinha como alvo uma advogada, contra quem haviam sido expedidos dois mandados, sendo um de busca e apreensão e outro para monitoração eletrônica. No momento da ação, a advogada estava em Belo Horizonte, sendo indiciada a comparecer na segunda-feira, 25, à Delegacia da PF, em Governador Valadares, para a colocação da tornozeleira eletrônica.

Além do monitoramento, a advogada sofreu a suspensão do exercício de advocacia pelo prazo de 90 dias, estando proibida de manter qualquer contato com investigados, vítimas e testemunhas.

Os crimes

Ao final das investigações da Polícia Federal foram apurados 409 crimes, sendo: quatro crimes de associação criminosa (Art. 288 do Código Penal); 272 crimes de promoção de migração ilegal (Art. 232-A do Código Penal); e 133 crimes de envio ilegal de criança ou adolescente para o exterior (Art. 239 da Lei nº 8.069/1990).

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