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Caratinguense sobe no pódio da Copa do Mundo de cavalos da raça Mangalarga Marchador

Belo Horizonte foi a sede do campeonato que reuniu quase dois mil animais com cavaleiros e amazonas de diversas parte dos país, além de especialistas da equinocultura. Um dos destaques da edição 2022 é caratinguense.

Uma paixão de infância levou o caratinguense Heitor Lucas Araújo a conquistar três provas na 39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador que aconteceu no Parque de Exposição Gameleira, em Belo Horizonte, Minas Gerais, entre 18 a 30 de julho. O evento recebeu mais de 1.600 animais de todo o Brasil e 200 mil visitantes para prestigiar as provas esportivas, sociais, palestras técnicas sobre equinocultura, além de uma programação cultural.

Heitor conta que começou a se interessar por esses animais ainda criança com o avô e após um tempo começou a frequentar um haras perto da casa da família onde passou a vivenciar a rotina dos cuidados e treinamentos dos cavalos. Na adolescência, ele competiu em Poeiras, competições não oficiais realizadas em regionais, até se apresentar pela primeira vez em uma Exposição em Governador Valadares aos 16 anos. A partir desse momento, Heitor recebeu a proposta para trabalhar em um haras e profissionalizar a paixão. “Sempre gostei de cavalo de marcha pelo conforto de montar neles e pela docilidade, mas não escolhi a profissão. Foi o destino que me levou a eles. Eu tenho todo respeito e gratidão”, explica o jovem.

Nesses quase 10 anos, Heitor conquistou muitas provas, mas ele ressalta que as colocações nas edições 2018, 2019, 2021 e 2022 do Campeonato Brasileiro de Marcha (CBM), são importantes, pois são reconhecidas como a Copa do Mundo da modalidade. “Essas são as competições mais acirradas porque há a participação dos melhores animais e dos melhores profissionais do Brasil”, conta. O evento é realizado pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) e nessa edição escolheu o tema “Uma história de paixão” como forma de homenagear as principais linhagens que contribuíram para a formação da raça. A equinocultura movimenta R$ 14,5 bilhões ao ano no Brasil, que possui o terceiro maior rebanho do mundo, com 5,9 milhões de cabeças, além de empregar 3,2 milhões de pessoas.

Após esse período intenso de preparação e provas, a equipe do Heitor no Haras Car trabalha para preparar os animais para a competição nacional de 2023. ”Os nossos atletas terão férias da rotina de treinamento. O cavalo não fala, mas expressa sentimentos e nós temos que trabalhar lado a lado com eles para entender cada sinal que eles nos dão. Isso facilita a comunicação e a preparação para as provas”, conclui Heitor.

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