Coluna do Edilson – 12/11 -O povo quis o ladrão!
Infelizmente, o que as pessoas sérias e honestas do Brasil – a minoria – temia aconteceu!… Com a chancela e total apoio da maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, o líder da quadrilha que perpetrou o maior assalto aos cofres públicos da história da humanidade recuperou as embicadas “chaves do cofre”.
Você não concorda com o que escrevi acima?… Tudo bem!… É um direito seu, mas, eu não tenho bandido de estimação e, quer você queira ou não, o homem que assumirá a Presidência da República Federativa do Brasil é um ladrão, mesmo que seus amigos da Suprema Corte pensem o contrário. Ou será que o Mensalão não aconteceu e o Petrolão não existiu?
A menos que o Triplex do Guarujá, que o ex-presidiário insiste em chamar de “triprex”, foi implodido e o sítio de Atibaia não passa de uma ficção como o Sítio do Pica-pau Amarelo. Quem sabe se os comparsas, quer dizer, companheiros dele se enganaram e devolveram parte de dinheiro que não foram subtraídos dos cofres públicos?
Você está achando que isso aqui é choro pela derrota?… Não, meu querido iludido!… Se esta crônica for choro, será pelo futuro tenebroso de um país que tem todas as condições para ser a maior potência do planeta, mas, só não é devido aos desvios de recursos públicos praticados pelos políticos corruptos e desonestos que o seu voto ajuda a eleger.
A decisão do povo em preferir um ladrão ao Messias não é novidade!… A Bíblia, conforme registrado em Mateus 27, Marcos 15 e Lucas 23, relata que o povo preferiu que Pilatos soltasse o criminoso Barrabás e prendesse o Messias.
Aliás, se o Brasil fosse um país sério, o ex-presidiário sequer poderia se candidatar a cargo eletivo algum. Afinal, como permitir a eleição ao posto máximo da República uma pessoa condenada e indiciada por vários crimes de corrupção?… Isso só foi possível em um país onde a Justiça não é justa!
Funcionários do Judiciário e os juízes que lerem esta coluna torcerão o bigode e, se tiverem condições, sairão em defesa da Justiça Brasileira. Porém, está mais claro como a luz do sol que estamos sob a Ditadura do Judiciário. Vale lembrar o que disse Ruy Barbosa, há mais de cem anos sobre ela: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”.
Ao invadir competências dos outros poderes, o Supremo provocou o desequilíbrio constitucional e instituiu a ditadura do Judiciário, tornando-se dono do direito e da justiça, que deveria ser exercida com isenção e o mais perfeito equilíbrio, o que, infelizmente, não acontece.
Contra isso também falou Ruy Barbosa. “Saudade da justiça imparcial, exata, precisa. Que estava ao lado da direita, da esquerda, centro ou fundos. Porque o que faz a justiça é o ser justo. Tão simples e tão banal. Tão puro. Saudade da justiça pura, imaculada. Aquela que não olha a ‘quem’ nem o rabo de ninguém. A que não olha o bolso também. Que tanto faz quem dá mais, pode mais, fala mais. Saudade da justiça capaz. A injustiça, por ínfima que seja a criatura vitimada, revolta-me, transmuda-me, incendeia-me, roubando-me a tranquilidade do coração e a estima pela vida”.
No mau exercício de suas funções, ao contrário de promover a confiança na Justiça e em suas decisões, o Supremo estabeleceu a dúvida e incentivou o caos institucional. Também alimentou a suspeita. E fez isso quando lutou, com todas as suas forças e seu poder de influência para impedir que o Brasil tivesse eleições auditáveis, permitindo se acreditar na possibilidade de manipulação de resultados.
Afinal, qual o motivo para o Supremo evitar o estabelecimento de uma ferramenta que comprovaria a lisura do processo eleitoral?