Coluna do Edilson – Filosofando
Segundo a conclusão de longo estudo realizado por um importante filósofo contemporâneo, “o Brasil é o melhor, maior e mais forte país do mundo!”.
Quem é esse importante filósofo contemporâneo?… Ora!… Sou eu!… Depois que você parar de rir, eu vou lhe apresentar os aspectos que fundamentam minha conclusão.
Desde que o Brasil se tornou Brasil, após ser chamado de “Terra de Santa Cruz”, o país tem enfrentado mais de cinco séculos das mais absurdas situações e carregado um fardo por demais pesado.
Nosso país possui a maior e mais cara “máquina administrativa” do mundo. Para piorar o que já é caótico por natureza, ela tem funcionamento vicioso, sendo ineficiente, improdutiva e repleta de defeitos, remendos, gatilhos e gambiarras.
O custo dessa “máquina” é altíssimo, ao ponto de transformar a esmagadora maioria dos 5570 municípios brasileiros em meros pagadores de folhas de pagamento, pois, os gastos com o funcionalismo e prestadores de serviços contratados esbarram e, até mesmo, superam 50% de suas receitas. O mesmo acontece com os Estados, ao ponto de muitos deles aplicarem mais de 60% do que arrecadam com os salários de seus servidores.
Além disso, temos o dinheiro que é desperdiçado com a manutenção das câmaras municipais que, na quase totalidade, é composta por pessoas incompetentes e, em grande parte, desonestas. A maioria dos vereadores passam por todo o período em que ocupam o cargo sem saber quais as responsabilidades e atribuições da função. O pior é o fato deles serem muito bem pagos para prestar um desserviço à municipalidade. Não tenho dúvida de que viveríamos muito melhor sem eles!
Os prefeitos, por sua vez, com raras exceções, utilizam-se do mandato, em alguns casos de dois, para se locupletarem com o uso de desvio de recursos públicos por meio de licitações fraudulentas, superfaturamento de obras e aquisição de medicamentos, pagamento de serviços não realizados, recebimento de propinas mensais de empresas terceirizadas, contratação de empresas de fachada, sem falar nos malabarismos e contorcionismos promovidos nas contas públicas.
Já os deputados, tanto estaduais como federais, e os senadores, além de todas as caríssimas mordomias e benesses dos cargos, só trabalham e votam projetos mediante pagamentos feitos por lobistas.
Nesse caso, não citarei os pagamentos referentes às propinas dos mensalões, petrolão e outros esquemas de corrupção realizados nos corredores do Congresso Nacional, porque poderão dizer que eu estou perseguindo o PT e partidos aliados. Por sinal, desde 1º de janeiro de 2018, o atual governo aboliu tais práticas que quase foram institucionalizadas pelos governos anteriores.
Não posso, também, deixar de citar a criação de órgãos e cargos, processo muito utilizado por prefeitos, governadores e presidentes para acomodar amigos, parceiros e correligionários.
Com tal finalidade, criam departamentos, secretarias, autarquias, conselhos e ministérios que só incham a “máquina”, aumentam os gastos e as possibilidades de desvio de dinheiro público e em nada contribuem para tornar mais eficientes as administrações municipais, estaduais e federal.
Para dar um exemplo, durante os governos petistas, o Brasil chegou a contar com 40 ministérios, entre os quais o “importantíssimo” Ministério da Pesca. Para ressaltar a desnecessidade desse ministério e os prejuízos causados por ele, através do “Bolsa Pesca”, os governos petistas chegaram a pagar esse benefício a fazendeiros, políticos e, até mesmo, a pessoas mortas.
Finalizando, nas últimas décadas, bilhões e bilhões de dinheiro público foram escoados pelo ralo da corrupção nos diversos esquemas de desvio de recursos do erário promovidos pelos governos em suas três esferas, com destaque especial para a esfera federal, que tem como principal destaque o “Petrolão”, considerado o maior e mais prejudicial esquema de corrupção ocorrido no mundo em todos os tempos.
Diga, agora, que o filósofo está errado!